GCM e PM de Araras são presos por envolvimento com facção criminosa em operação da Polícia Civil

Operação Hitman cumpriu 11 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão; arsenal e veículos dublês foram localizados

Leonardo Bauer 

Dois agentes de segurança pública — um guarda civil municipal e um policial militar de Araras (SP) — foram presos nesta segunda-feira (5) durante a Operação Hitman, deflagrada pela Polícia Civil para desarticular uma célula de facção criminosa com ramificações em municípios do interior paulista.

Segundo informações preliminares, o GCM foi detido em um hotel na cidade turística de Gramado (RS), sendo encaminhado ao presídio de Canela, onde aguardará audiência de custódia. Já o PM e outros nove suspeitos foram capturados em Araras e Leme (SP), totalizando 11 prisões temporárias.

A operação também cumpriu 16 mandados de busca e apreensão. Durante as diligências, os investigadores apreenderam armas, drogas, coletes balísticos, luvas, balaclavas, monóculos e dois veículos clonados — equipamentos que, segundo a polícia, compunham um “arsenal de armas frias”.

As investigações apontam que policiais militares e guardas civis teriam se aliado a uma facção criminosa originária do Rio de Janeiro, visando a consolidação da chamada "Rota Caipira" — corredor estratégico para o transporte de armas e drogas entre os estados.

A Operação Hitman também apura a participação dos investigados em uma série de homicídios e tentativas de assassinato ocorridos nos últimos anos, com características de emboscadas e uso de armamento de alto poder ofensivo, em disputa com uma organização rival paulista.

Os suspeitos presos na região foram levados à Cadeia Pública de Limeira, onde permanecem à disposição da Justiça.