A dura realidade que já começamos a enfrentar é o “encolhimento” do mercado. A crise atingiu, terrivelmente as empresas, como já era esperado.
O lockdown como a principal, senão a única, arma “preventiva” adotada em grande parte por estados e municípios no combate a pandemia, traz consigo um custo econômico e social de proporções muito negativas para a sociedade e em especial para o trabalhador.
Segundo a pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2020, é possível observar os impactos causados pela pandemia no mercado de trabalho.
Os dados mostram que 716.000 empresas fecharam suas portas. A pesquisa também demonstra que todos os setores econômicos sofreram um impacto negativo devido à crise causada pelo vírus.
Dados divulgados em 1 de março deste ano, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aponta que 75 mil estabelecimentos comerciais com vínculos empregatícios fecharam as portas no Brasil em 2020 (site https://agenciabrasil.ebc.com.br/).
De acordo com a CNC, “as micro e pequenas empresas responderam por 98,8% dos pontos comerciais fechados. Todas as unidades da federação registraram saldos negativos. Os estados mais impactados foram São Paulo (20,30 mil lojas), Minas Gerais (9,55 mil) e Rio de Janeiro (6,04 mil).”
Por todos esses dados apresentados é possível perceber a gravidade da situação para o mercado e consequentemente para a economia do País.
Com a dificuldade maior das empresas em manter suas atividades, o desemprego, consequência real da crise, impacta os profissionais em quase todas as áreas de atuação.
Para aqueles que desejam encontrar o primeiro emprego ou ainda para se recolocar no mercado de trabalho, essa passa a ser uma tarefa ainda mais difícil, pois o mercado está muito mais seletivo.
As empresas, de um modo geral, já estão mudando seus critérios para a seleção de profissionais.
O grau de exigência relacionado à formação acadêmica, que já era uma tendência antes da crise, passa agora a ser um fator qualificador e diferenciador no processo seletivo.
Fatores como flexibilidade, capacidade de aprendizado, multifuncionalidade, facilidade para trabalhar em equipe e habilidades digitais estarão presentes e terão um peso muito mais significativo nos processos seletivos, do que vinham tendo antes da pandemia.
Outro fator que passa a fazer parte dessa seletividade do mercado é a adoção de critérios como a facilidade de relacionamento e o grau de engajamento social que sejam demonstrados pelos profissionais.
Devido ao mercado de trabalho ter perdido, até agora, a maior parte dos postos de trabalho em atividades diretamente ligadas ao relacionamento com o cliente – setor de serviços e comércio, a retomada exigirá pessoas mais qualificadas e mais preparadas para lidar com pessoas.
Neste contexto, profissionais que demonstrem possuir um grau de maturidade elevado, bom nível de conhecimentos gerais, atualizados e com inteligência interpessoal diferenciada serão muito disputados no mercado.
Portanto, se você está buscando uma colocação ou uma recolocação no mercado de trabalho, vai aqui uma dica: qualifique-se e dê muita atenção para sua postura profissional daqui para a frente!
Até… O autor é conferencista, palestrante e Consultor empresarial. Autor do livro Labor e Divagações. Envie suas sugestões de temas para o prof. Moacir. Para contatos e esclarecimentos: moa@prof-moacir.com.br / Viste: www.prof-moacir.com.br