Ainda que sob a polêmica do número exato, o Brasil já passa de 500.000 mortos pela covid19. Um número que deixa o País enlutado e entristecido diante de um evento sem precedentes no mundo inteiro.
Não há nada que importe mais que a vida.
“Respiro” gestão em saúde há mais de trinta anos e testemunho o incansável esforço que os profissionais da área fazem, no dia a dia, para manter a vida, seja no tratamento para a cura, seja na promoção da saúde – a prevenção para evitar a doença.
Apesar da crise, a economia, o motor que permite que materialmente possamos buscar alternativas para melhorar a vida do cidadão, vem recuperando o seu desempenho; mas há muito por fazer.
Dados publicados pela Agência Brasil, indicam que o PIB do primeiro trimestre deste ano cresceu 1,2% se comparado com o ultimo trimestre de 2020. Já a balança comercial teve alta de 3,7% em comparação com o mesmo período.
No comparativo anual, o pior resultado ainda é o do setor de serviços, devido às suas peculiaridades, em atividades específicas.
O setor de serviços, é claramente o setor que mais sente os efeitos da pandemia já que grande parte de suas atividades são realizadas presencialmente; portanto junto ao cliente. Com as restrições impostas pela pandemia, principalmente em razão do isolamento, os serviços sofreram uma forte queda nos negócios.
Os impactos no setor de serviços foram e continuam sendo muito sentidos, uma vez que o cliente/consumidor, na maioria das atividades do serviço, é co-produtor. Como co-produtor, o cliente é fundamental para que a maioria das atividades do serviço existam. Isto significa que nestes casos o serviço não acontece sem o cliente.
A taxa de desemprego nessas atividades foi muito alta. Sem o cliente e sem alternativas, essas atividades não tiveram outra coisa a fazer a não ser demitir os funcionários.
Dados do IBGE, comparando o desempenho por atividades, mostram que entre o primeiro trimestre de 2020 e o primeiro trimestre de 2021, o comércio foi a atividade que mais perdeu postos de trabalho, chegando a 1,6 milhão de pessoas.
Nas atividades onde há a necessidade presencial do cliente, a recuperação se dará na medida em que as restrições de circulação e isolamento forem sendo relaxadas, porém, ainda assim levando-se em conta pelo menos três principais considerações e que estão diretamente ligadas à confiança na gestão e consequentemente nas instituições de um modo geral.
Primeiro é necessário que haja maior estabilidade política que gere confiança, tanto para o consumidor quanto para o empresário. Informações conflituosas e ataques desnecessários, como os que estamos presenciando, somente servem para agravar ainda mais a crise e demonstram total falta de consideração com a população.
Segundo, há uma questão do resgate da confiança pelos cidadão. O cidadão enquanto cliente precisa sentir que as ações em saúde e cuidados estão sendo realizadas com critérios que não os deixe mais vulneráveis. Além disso, para voltar a comprar com mais tranquilidade, o cliente quer ter a certeza que a economia voltou a funcionar e funcionar bem.
Terceiro, é preciso considerar que a retomada, nestes caso específico, é sempre mais lenta pois há o fator desconfiança por parte do empresário que já perdeu muito e que só irá investir em contratação se realmente tiver uma certa garantia de que não há o risco de novas restrições.
Há ainda um caminho a percorrer e esse caminho passa pela confiança dos partícipes do processo na gestão da crise.
Até… O autor é conferencista, palestrante e Consultor empresarial. Autor do livro
O autor é conferencista, palestrante e Consultor empresarial. Autor do livro Labor e Divagações. Envie suas sugestões de temas para o prof. Moacir. Para contatos e esclarecimentos: moa@prof-moacir.com.br / Viste: www.prof-moacir.com.br