Toda passagem de ano é como um grande domingo, quando planejamos a semana que se inicia. Interessantes essas quebras de calendário em semanas, meses e anos. A noite cai, a lua surge graciosa, depois o sol reaparece deslumbrante e tudo continua como antes. Sexta-feira é o dia mundial da cerveja, como segunda-feira é o dia de começar o regime. E vida que segue.
Planejamos a semana ou o ano da mesma forma. A diferença é a quantidade de planos que cabem num ou noutro. Muitas vezes nos esquecemos de olhar para trás antes de mirar o futuro. O que prometi para este ano que não consegui alcançar? O que deu errado? O que preciso fazer para atingir minhas metas? Tenho as qualidades necessárias para chegar no resultado pretendido? São questões que precisam ser feitas de forma consciente, muitas vezes evitadas para não causar desconforto.
Na esfera pessoal, esquecer seus pontos fracos e supervalorizar o que entende por pontos fortes é o melhor caminho para fracassar. Com maior eficiência corrigimos nossos erros e aperfeiçoamos nossas qualidades quando enfrentamos as limitações e reconhecemos nossas habilidades. Temos vocações e podemos aprimorá-las, assim como cidades com perfil turístico, estados ricos na agricultura e um país com futuro promissor.
Se alguém falhar na dieta, não aprender uma nova língua ou deixar de arrumar o quartinho de tralhas, é um sofrimento individual. Mas quando falhamos como nação, a maioria da população sofre com as consequências. E temos alguns exemplos para ilustrar, quer ver? Apenas metade da população tem acesso à coleta de esgoto, 25% das crianças de zero a três anos são atendidas por creches e a maioria da população não consegue entender com clareza este texto simples. Fora o resto.
O país não está com gordura para queimar, não aguenta mais promessas vazias. No ano das “fake news”, muitos querem a volta da monarquia, aderem ao Integralismo, dizem que a Terra é plana, misturam estado e religião, acreditam que o Jair é o novo messias (cada dia menos) e que o Moro é um super-herói (cada dia mais golpeado pelo capitão). Já disse nesse espaço que conheço muitos que eram lulopetistas e que hoje professam esta nova fé. Até quando vão se enganar?
Muitos dos avanços conquistados recentemente, vieram do trabalho executado pela dupla Temer/Meirelles e equipe, com apoio do congresso. Enquanto o Jair fazia campanha antecipada com dinheiro público, percorrendo aeroportos, templos e quartéis, incendiando a greve dos caminhoneiros, a taxa Selic caía de 14% para 6%, a reforma trabalhista era aprovada, a reforma previdenciária era bem encaminhada, o congresso aprovava a TLP do BNDES e a PEC do Teto e a inflação estava sendo domada, dentre outras coisas. É preciso reconhecer.
Vamos desenvolver nossa vocação e fazer esse país do futuro se realizar. E o melhor regime a seguir é o prescrito pela democracia, com muito trabalho, resiliência e sem distrações. Os resultados positivos são sempre mais duradouros. Pode confiar, não é “fake news”.