Proposta foi aprovada em primeira discussão nesta quinta-feira (26) e precisa ainda de segunda votação. LDO orienta a elaboração do orçamento de 2026
Ednéia Silva
Em menos de cinco minutos os vereadores aprovaram o Projeto de Lei nº 56/2025 que trata da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026, peça que orienta a elaboração da LOA (Lei Orçamentária Anual) cujo projeto deverá ser enviado à Câmara Municipal até 30 de setembro. A proposta passou – com 12 votos favoráveis – em primeira discussão em sessão extraordinária realizada na tarde desta quinta-feira (26).

Vereadores aprovaram projeto da LDO em sessão extraordinária nesta quinta-feira
A receita estimada do município para o exercício financeiro de 2026 é de R$ 1.619.735.000,00, aumento de 6,11% em relação ao orçamento estimado na LDO de 2025, que foi de R$ 1.526.478.000,00. O montante, porém, é menor que a arrecadação prevista na LOA de 2025, de R$ 1.623.249.770,00.
Como fez em outras oportunidades, o vereador Val Demarchi (PL) chamou atenção para o alto valor de arrecadação previsto. “Em conversa com empresários vimos que o horizonte não é essa realidade que está na peça orçamentária. Não adianta colocar um número tão vultoso e depois ficar deficitário, tem que cumprir os números previstos. Vamos fiscalizar muito para que essa meta seja atendida”, comentou Demarchi que, mesmo com a ressalva, votou a favor da aprovação do projeto.

Parlamentares que compõem a mesa diretoria conduziram a sessão
De fato, nos últimos meses a prefeitura vem enfrentando dificuldades financeiras. Aliás, no final do ano passado, a administração municipal precisou suspender horas extras e reduzir despesas para fechar as contas. Desde o início do ano, vários problemas foram registrados, principalmente na educação, com a falta de insumos básicos nas escolas.
Na sessão ordinária de quarta-feira (25), os vereadores discutiram a inadimplência do município com os repasses feitos à Santa Casa de Misericórdia. De acordo com eles, isso estaria afetando o atendimento na oferta de leitos para internação pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“A pessoa entra a na UPA, porta de entrada no SUS, e fica aguardando 1 semana, 15 dias, para conseguir uma vaga para internação na Santa Casa. Quero entender o que está acontecendo”, comentou o vereador Rafael Andreeta (Republicanos) durante a sessão.
Paulo Guedes (PP) destacou a necessidade de fazer uma reestruturação na estrutura financeira do município para distribuir os recursos conforme as necessidades. “Não é possível não ceder leito por falta de pagamento. Se não há condição de efetuar o pagamento da dívida, negocia e parcela, para aumentar o número de leitos”, sugeriu.
Já Julinho Lopes (PP) informou que a solução é contratar mais leitos para internação. Atualmente, a prefeitura tem contratados 530 leitos por mês e mais 10 sobressalentes. “O que precisa é contratar mais leitos, e para isso precisa de mais R$ 150 mil por mês. Precisamos fazer uma força-tarefa com o prefeito para contratar mais leitos”, disse.
O convênio entre prefeitura e Santa Casa prevê repasses mensais para cobrir despesas com serviços de saúde realizados pelo SUS. O município também transfere mensalmente recursos para manutenção da unidade de urgência e emergência Nossa Senhora de Lourdes (antigo PSMI).
Fotos: Emerson Augusto/Câmara Municipal