Pais, responsáveis, alunos e educadores da Escola Municipal Francisca Coan, que fica na Avenida M-31, bairro São José, foram surpreendidos na manhã dessa quinta-feira (2). Os profissionais, quando chegaram, constataram que a escola havia sido invadida. Bandidos levaram a fiação elétrica do local e, claro, prejudicou todo funcionamento da unidade. “Estava sem energia, disseram que foi furto. Tivemos que voltar com as crianças para casa. Os alunos que foram de van tiveram que ficar esperando os pais buscarem”, disse a mãe Katia Regina.
O caso gerou preocupação e revolta. “Uma creche com funcionários maravilhosos, porém, está totalmente esquecida, sem segurança, fazem o que querem com as três escolas situadas no mesmo quarteirão”, lamentou a balconista Fernanda Araújo.
A insegurança só aumentou. De acordo com os pais, não foi a primeira vez que as escolas foram alvo. “Já entraram na creche e nas outras escolas. Na esquina fica a Escola Municipal Sueli Aparecida Marin. Há pouco tempo, roubaram a televisão e outros objetos de lá”, relatou uma mãe.
O furto da fiação não comprometeu apenas o atendimento. Segundo os pais, alimentos que estavam na geladeira também acabaram estragando. “Minha filha teve que ficar em casa, comidas estragadas, as crianças sem poder tomar banho. As escolas daquela região estão esquecidas, as ruas estão todas esburacadas. É uma situação revoltante e humilhante”, declarou Fernanda.
NOTA PREFEITURA
A Secretaria Municipal da Educação, por intermédio de nota enviada à redação, informa que as aulas estão sendo realizadas normalmente na escola municipal Francisca Coan. “Não foi preciso fazer mudanças na dinâmica de atendimento das crianças devido ao furto de fios de cobre na unidade ensino. A prefeitura providenciou reposição da fiação de cobre furtada e, nessa quinta-feira (2), com apoio da Elektro, realizou os reparos necessários na rede elétrica”, garante.
A nota expõe ainda que a escola Francisca Coan possui sistema de alarme, assim como todas as unidades municipais. Além disso, outras medidas de proteção vêm sendo implementadas em várias escolas, como a instalação de grades, construção de muros, instalação de concertinas, etc.
COOPERVIVA
Na segunda-feira (29), a sede da Cooperativa Cooperviva, em Rio Claro, também foi alvo de criminosos. O local, até essa quinta-feira (2), seguia sem energia, com trabalhos prejudicados e sem previsão de restabelecimento. “Estamos dependendo de ajuda, não temos dinheiro para arcar com os prejuízos. Graças a Deus, duas empresas entraram em contato e vão fazer a doação de novos fios. Vamos fazer orçamentos com eletricistas para ver o quanto é necessário”, disse a presidente da Cooperviva, Inair da Rocha Marcelino.
As máquinas que fazem a prensa dos materiais recicláveis necessitam de energia para o funcionamento. Com a falta, todo o trabalho ficou prejudicado.
Segundo a presidente, a cooperativa chega a receber, em média, 90 toneladas de materiais por mês para que sejam preparados para a venda, que é feita a cada 15 dias. O salário dos cooperados depende da venda.
Os interessados em ajudar podem ligar no telefone 3536-5298.
POSICIONAMENTO DA PREFEITURA
Também através de nota, a prefeitura afiança que a coleta seletiva de lixo continua sendo feita normalmente em Rio Claro. “O calendário disponibilizado no site da prefeitura (www.rioclaro.sp.gov.br) deve ser seguido como de costume. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente vai prestar todo o auxílio que for possível para a Cooperviva com relação ao furto de fios”, afirma.
E acrescenta que, desde o início do atual governo municipal, a prefeitura vem apoiando a Cooperviva, cedendo local para a cooperativa, disponibilizando caminhões com coletores para a realização da coleta seletiva, fornecendo transporte para os cooperados e pagando as contas de água e luz da entidade. “Em média, são coletadas 160 toneladas de material reciclável por mês em toda a cidade”, finaliza.