Uma mulher de 58 anos deu entrada na Santa Casa de Rio Claro no dia 3 de julho e entrou em tratamento para H1N1, mas o caso evoluiu e o óbito foi registrada no sábado (7). Segundo a Vigilância Epidemiológica de Rio Claro, a paciente apresentava comorbidades como diabetes e tabagismo, porém não consta na notificação encaminhada ao setor se a vítima teria ou não tomado a vacina contra a gripe.
O exame que vai comprovar se a morte foi realmente pelo vírus H1N1 foi encaminhado para o Instituo Adolfo Lutz. De acordo com a Vigilância, os resultados demoram em média de 10 a 15 dias para saírem.
AGUARDANDO RESULTADO
O número de pacientes aguardando resultado de exames de H1N1 subiu em Rio Claro. A Vigilância informou que 15 pessoas esperam informação do Instituto Adolfo Lutz.
Neste ano, o município teve ainda 54 casos suspeitos de H1N1, porém os resultados deram negativos.
MORTES
Segundo a Vigilância Epidemiológica de Rio Claro, desde o início do ano três mortes foram confirmadas.
Entre os óbitos estão um casal, registrados em abril. Marido e mulher ficaram internados em um hospital particular da cidade e morreram com poucos dias de diferença.
A idade das vítimas era 54 e 57 anos. De acordo com a VE, os dois tinham direito à vacina por apresentarem comorbidades, que são doenças que podem oferecer mais risco caso seja contraído o vírus. Um dos pacientes tinha sobrepeso e cardiopatia e o outro hipertensão.
A terceira morte foi de uma mulher de 51 anos de idade. Ela não fazia parte dos grupos de risco, portanto não podia receber a vacina na rede pública. A paciente, segundo a Vigilância não apresentava nenhum problema de saúde e faleceu no dia 23 de junho, mas ficou internada dez dias em outro hospital particular do município.
BRASIL
De acordo com Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, até o final de junho foram 608 mortes no país decorrentes do vírus H1N1. No mesmo período foram 3.558 infecções no Brasil.
Segundo o médico infectologista Jair Virginio Junior, os sintomas são muito parecidos com os da gripe comum, febre alta (geralmente acima dos 38,5), tosse, dores articulares, dores musculares, dores de cabeça, coriza, inapetência e em alguns casos vem associado com vômitos e diarreia. Mas muitos pacientes podem estar infectados e assintomáticos ou com sintomas leves.
“A transmissão se dá na grande maioria de pessoa para pessoa por tosse, espirro ou contato com a mão em locais contaminados por gotículas e depois a colocar na boca ou nariz.
Esta transmissão pode ocorrer por sete dias nos adultos e até 14 dias nas crianças e se inicia um dia antes da febre e tendem a ser mais frequentes nas escolas, creches e locais com aglomeração, por isto aumenta esta taxa de infecção durante o inverno”, disse o médico.
VACINAÇÃO
O setor de saúde reforça que a melhor forma de se prevenir é a vacina.
A orientação é que os municípios continuem vacinando os grupos prioritários e as demais pessoas que fazem parte do público que foi ampliado pelo Ministério da Saúde que são crianças de cinco a nove anos e adultos de 50 a 59 anos.