Ao lado do ex-vereador e gerente regional do Ciesp, João Zaine, e do diretor da unidade Sesi Rio Claro, Luis Renosto, o pré-candidato a deputado estadual pelo MDB Walter Vicioni visitou a redação do Diário do Rio Claro na manhã dessa sexta-feira (6). Afastado de sua função como superintendente do Sesi do Estado São Paulo em função da pré-candidatura, Vicioni inicia os trabalhos para sua segunda disputa eleitoral. Em sua primeira incursão na política, em 2014, obteve cerca de 54 mil votos e ficou suplente do posto do partido.
Há 48 anos dentro do sistema S, dos quais 13 como superintendente do Sesi, o emedebista é formado em Pedagogia pelo Mackenzie, pós-graduado em Administração e Planejamento da Educação pelo International Institute for Educational Planning (IIEP-França) e especialista em Gestão da Qualidade pelo Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (IMECC-Unicamp).
Entre suas qualificações estão ainda a certificação em Direção Estratégica e Planejamento Empresarial pela Escola de Administração de Empresa de SP (FGV), além de ser formado em Gestão de Programas de Cooperação Internacional pela Faculdade de Economia e pelo Instituto de Estudos Avançados da USP. No Sesi atuou nos cargos de diretor de escolas, diretor de Organização e Planejamento e diretor técnico.
Partindo de sua experiência dentro da educação, o pré-candidato defende como principal bandeira a área que atua. “Entre minhas propostas está o trabalho de reformulação, pela legislação, do papel da secretaria de educação; a valorização do corpo docente por meio de valorização dos salários, mas o mais importante com o reconhecimento”, ressaltou.
Ele defende a mudança de postura social em relação aos professores. “A sociedade tem que melhorar o tratamento aos professores e temos que reaver o prestígio desta profissão. É uma questão cultural que temos que mudar”, enfatiza.
Motivação política é um dos principais erros da administração pública para as reformas na educação, apontou o pré-candidato. Ele citou como exemplo a reforma feita no ensino médio que, para ele, foi um ato pressionado pelos resultados dos alunos no Enem. “Tem que iniciar pela educação de base as reformas, não pelo ensino médio. Pode até ser bom, mas não é o caminho. Quando você vai fazer uma casa não começa pelo telhado”, argumenta ao destacar que a educação precisa ser um projeto de Estado.
Questionado sobre quanto tempo levaria para essas mudanças culturais e comportamentais finalizou: “Em duas gerações de 20 anos, com um trabalho sério e uma mudança de postura da sociedade, conseguiríamos resolver esse problema. Temos que começar. No Sesi começamos a mudança e ainda não terminamos, mas começamos. Temos que começar”.